A razão, sempre superficial, reflectiu durante algum tempo sem resultado e ordenou que a arte fosse cortada em duas: metade para cada extrínsecos. Uma memória, velha mas de perfeita saúde, tendo ouvido a sentença, lembrou-se de perguntar: “E se a razão, por sua vez, sonhou que partilhava a arte?” Então, como se tratava da memória, discutiram acaloradamente uma vez mais. Mas sem resultado. Ninguém pode verdadeiramente distinguir entre sonho e realidade. Os velhos sábios talvez tivessem sido capazes: mas já não existem.
Marquês de Rubbatto – “O sonho dos simétricos”
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