05 novembro, 2006

Amizade


A quem poderei agora confiar a minha imaginação? A quem conseguirei falar dos meus projectos? A quem poderei confiar os meus desejos e as minhas convicções? Porque o destino terá de ser assim tão cruel. Porque terei de ser eu a perder tudo, que terei de te perder para sempre?
A amizade é confiança, intimidade, protecção. Meu amigo, meu mestre, meu pai, meu herói, meu confidente; já nada disso tenho de ti.
Eduardo, não queiras que te odeia, sei que nunca o seria capaz. Não te darei nunca esse prazer. Não vou desistir nunca de mim própria nem daquilo em que acredito. Para que um dia, nos teus textos, sem sentires vergonha, possas escrever sobre mim.

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